ROMA

Características Regionais de Roma
A cidade de Roma localiza-se na região central da península itálica que fica ao Sul da Europa, na costa central do Mediterrâneo.  Seu território que lembra o formato de uma bota constitui uma espécie de ponte inacabada, entre a Europa e a África.


Primeiros Povoadores
Diversos povos instalaram-se na península Itálica. Entre eles:

Italiotas: Chegaram por volta de 2000 a.C e ocuparam a região central da península. Entre os Italiotas, incluíam-se diversos grupos ou tribos, como os latinos, os volscos, os équos, os úmbrios, os sabinos, os samnitas etc.
Etruscos: Estabeleceram-se na península por volta do século IX a.C. Ocuparam inicialmente a região central e depois expandiram seus domínios até regiões do norte.
Gregos: Instalaram-se na península durante o movimento se colonização da história grega. Ocuparam a região sul, onde fundaram diversas cidades (Nápoles, Siracusa, Tarento), que ficaram conhecidas em seu conjunto como Magna Grécia.

Periodização Histórica

Monarquia (753-509 a.C) – Era uma pequena cidade sob a influência dos etruscos.

República (509 – 27 a.C) – Desenvolveu suas instituições sociais e econômicas e expandiu seu território, tornando-se uma das maiores civilizações do Mundo Antigo.


Império (27 – 476 a.C) – Desfrutou de estabilidade política e paz por cerca de dois séculos. A partir de então, os romanos enfrentaram inúmero problemas internos e externos. O agravamento desses problemas levou ao declínio da civilização romana.


Economia

A economia no Império Romano antigo desenvolveu-se intensamente durante os seus dois primeiros séculos, pois foi impulsionada por fatores como a existência de uma moeda comum, e o grande número de estradas que ligavam diversos pontos do império, estima-se que havia cerca de 80 mil quilômetros de estradas pavimentadas pelas regiões dominadas por Roma. A agricultura era a principal atividade econômica, os produtos mais cultivados eram o trigo, a vinha e a oliveira. Porém o comércio marítimo de produtos de subsistência, exóticos ou de luxo foi muito importante e marcante na economia do império romano.

O teatro Romano
O teatro romano teve diferentes gêneros. Misturando influências etruscas (influenciados pelos gregos) e de espécie de representações religiosas de caráter sério ou satírico itálicas (curiosamente de forma semelhante ao aparecimento do teatro grego), os romanos tinham uma forma embrionária de teatro quando entraram em contacto com a Grécia: esse contacto significou a morte do primitivo teatro romano, que imediatamente copiou as formas gregas (tragédia, comédia).
Começaram por traduzir peças gregas (séc. III AC). Depois estrangeiros radicados em Roma produziram textos e, mais tarde, romanos escreveram peças, adaptando temas gregos, ou inventando temas romanos normalmente baseados na História.
- O apogeu
O apogeu do teatro romano dá-se no séc. III-II A.C com Plauto e Terêncio. Quer a comédia, quer a tragédia romana, tinham diferenças com os seus modelos gregos: insistiam mais no horror e na violência no palco que era representada, grande preocupação com a moral em discursos elaborados.

Plauto: Nasceu em Sarsina, Úmbria por volta do ano de 250a.C e faleceu, provavelmente em Roma, no ano de 184a.C. Considerado o maior comediógrafo da Roma antiga, nasceu em berço humilde e veio para Roma ainda jovem, onde começou a fazer teatro, primeiro como ator e depois escrevendo comédias. Por muito tempo, ficou conhecido apenas como Plautus, que quer dizer "pés chatos", porém mais tarde se autodenomina Maccus ("palhaço") Titus.
Estima-se que tenha escrito 130 peças, das quais apenas 21 sobrevivem.Com métrica elaborada e linguagem coloquial, sua obra reproduz com fidelidade a vida dos romanos da época.
Os enredos são em geral baseados em casos de amor ou confusões decorrentes de troca de identidades, mas apresentam grande originalidade no tratamento dos temas. Os seus personagens são de origem popular: escravos mentirosos, Ladrões, velhos, soldados fanfarrões, cortesãs, etc.
Suas comédias inspiraram dramaturgos pós-renascentistas como por exemplo: Molière, que tomou como modelo a obra "O Vaso de Ouro" para escrever "O Avarento". Já Shakespeare baseou-se "Os Gêmeos" e "Anfitriões" para escrever A Comédia dos Erros.


- Criação de novos gêneros
No final da República, o público perdeu interesse pelo teatro tradicional, devido a concorrência dos espetáculos com mais ação, tipo gladiadores, corridas de carros
A criação de gêneros teatrais mais simples como as pantomimas, representação de um único ator de uma peça simples e de fácil reconhecimento pela audiência, em que não falava, dançava, fazia gestos, e era acompanhado por músicos, um coro e mimos
Histórias também simples mas com vários atores, em que normalmente se satirizava tipos sociais de forma mesmo obscena, levaram ao quase abandono do teatro.
- A comédia
No período imperial, na parte oriental do império continuaram a representar as peças tradicionais, sobretudo de autores da nova comédia como Menandro.
Menandro, era filho de uma rica família de pecuaristas, nasceu em 343 e morreu em 291 a.C.  Durante a época em que viveu não foi reconhecido como um grande autor de comédias. No entanto, depois de sua morte, suas obras foram tão divulgadas que passaram a ser consideradas, por muitos intelectuais da época, como um primor estético.
No ocidente Sêneca tenta ressuscitar a tragédia, mas o público preferia os espetáculos de mimos e pantomimas devido a dificuldade dos menos instruídos compreenderem peças complexas.
   Havia uma preferência por espetáculos simples e que apelassem aos sentidos.
Predomina a comédia. A tragédia é cheia de situações grotescas e efeitos especiais. Durante o Império Romano (de 27 a.C. a 476 d.C.) a cena é dominada por pantomimas, exibições acrobáticas e jogos circenses.
- Autores romanos
 Na comédia destaca-se Plauto no século III a.C., e Terêncio no século II a.C.
Suas personagens estereotipadas darão origem, por volta do século XVI, aos tipos da commedia dell'arte.
Da tragédia só sobrevivem completas as obras de Sêneca ''Fedra'', que substituem o despojamento grego por ornamentos retóricos.
Os romanos construíram vários teatros especificamente para representações, mas na maioria dos casos, nas pequenas cidades, utilizavam os anfiteatros para vários eventos, usando para espetáculos de gladiadores, corridas, representações.
Dedicar-se ao teatro era muito mal visto: os atores eram normalmente escravos ou ex-escravos; raramente mulheres representavam, tendo má reputação as que o faziam. Os papéis femininos eram feitos por homens.
Ficaram conhecidos imperadores com uma enorme paixão pelo teatro.
Nero é o mais conhecido: adorava espetáculos de mimos. Casou-se com um mimo depois de se livrar de Pompéia. O imperador atuava.
Dado o baixo estatuto dos atores, normalmente escravos ou ex-escravos, isso era motivo de  escândalo.
Vários imperadores apresentados como cruéis ordenavam que os espetáculos se tornassem realistas. Quando aparecia, no texto, um personagem que marcado para morrer, dublava-se o ator por um condenado à morte
Com o advento da Igreja, esta viu com maus olhos gêneros artísticos que ou se referiam a deuses pagãos ou riam abertamente dela, como os espetáculos de mimos, levando à sua progressiva perseguição, para além dos aspectos que considerava imorais, tais como representação de cenas licenciosas ou mesmo nudez.


Arquitetura Romana
A arquitetura romana foi a grande manifestação artística dos romanos, que privilegiavam as obras utilitárias e alcançaram grande eficiência na construção de aquedutos, banhos públicos ou termas, pontes, mercados etc. A arquitetura romana também foi expressiva na construção de templos, palácios, pórticos, tribunais, mosteiros e igrejas.

- Características

A arquitetura romana, caracterizada pelo luxo e pela grandiosidade, sofreu grande influência da cultura grega. Dos etruscos, os romanos herdaram a solidez das construções. Dos povos italianos assimilaram a simetria e a harmonia resultante de formas regulares.

Os romanos introduziram novos materiais, como o uso do cimento, e também novas técnicas. O arco, desconhecido dos gregos, foi uma inovação dos romanos, utilizado sobretudo nas construções destinadas a comemorar as grandes vitórias militares.

- Principais construções 

Por toda a extensão do Império Romano, importantes construções foram executadas, entre elas:

- Coliseu
Anfiteatro do século I, situado em Roma, sua construção durou seis anos, começou no governo do imperador Vespasiano e terminou no governo do Imperador Tito. Formado por um grande número de arcos redondos, suas paredes externas medem 46 metros de altura e são divididas em quatro pavimentos: três arcadas com colunas dóricas, jônicas e coríntias.

- Panteão
Templo dedicado a todos os deuses, situado em Roma, destaca-se por suas grandes colunas e a grande cúpula arredondada. Construído entre os anos 115 e 127, encontra-se em perfeito estado de conservação.

- Arco de Constantino
O arco triunfal, localizado em Roma, próximo ao Coliseu, foi construído para comemorar a vitória de Constantino na Batalha da Ponte Mílvio. O arco foi construído no ano de 312 e inaugurado oficialmente em 315.

- Fórum Romano
Localizado no centro de Roma, foi durante séculos o centro da vida pública de Roma. É atualmente uma extensa ruína cercada de várias outras construções.

- Aqueduto de Segóvia
Localizado em Segóvia, na Espanha, após mais de dois mil anos de sua edificação continua levando água à cidade, percorrendo uma distância de cerca de 16 km. É o mais notável de vários aquedutos espalhados pelos países que, na antiguidade, pertenceram ao vasto Império Romano.

Pintura Romana
Os pintores romanos usaram, ao mesmo tempo em que o realismo, a imaginação, dando origem à obras que ocupavam grandes espaços, enriquecendo mais a arquitetura. A maioria das pinturas originou-se da cidade de Pompeia e Herculano e foram soterradas pela erupção de um vulcão. Elas desencadearam a quatro estilos de pintura:

1º estilo - Não era considerada uma pintura: as paredes eram pintadas com gesso, dando impressão de placas de mármore;

2º estilo - Descobriu-se que a ilusão com gesso poderia ser substituída pela pintura: os artistas pintavam painéis, com pessoas, animais, objetos sugerindo profundidade;

3º estilo - Valorização dos detalhes: no final do século I a. C., a realidade das representações foi trocada por detalhes;

4º estilo - Volta da profundidade, dos espaços: a ilusão dos espaços foi combinada a delicadeza, dando origem ao quarto estilo. Ex.: sala da casa dos Vetti, em Pompeia.

Esculturas
Na escultura, os romanos eram muito diferentes dos gregos em alguns aspectos. Apesar de apreciarem a arte, eles não representavam o ideal de beleza, mas a cópia fiel das pessoas, buscando retratar traços particulares. Um exemplo disso é a estátua do imperador romano, Augusto, criada por volta de 19 a.C.. Numa cópia do Doríforo, dos gregos, o artista detalhou as feições reais do Imperador, a couraça e as capas romanas. Essa preocupação também foi encontrada em relevos esculpidos, pois eles buscavam representar acontecimentos e pessoas que participaram dele.

Exemplos:
- Coluna de Trajano: construída no século I da era cristã, apresenta a luta do imperador romano com os exércitos romanos na Dácia.

- Coluna de Marco Aurélio: construída um século depois, retrata a vitória dos romanos sob um povo da Alemanha do Norte.

Sem dúvida, os romanos contribuíram muito com a arte, tendo um espírito prático e apto para construir teatros, templos, casas, aquedutos, etc. No início do século III, eles começaram a enfrentar lutas internas, por causa da entrada dos povos bárbaros. A preocupação com a arte diminuiu e no século V, o Império Romano entrou em decadência e foi dominado pelos invasores germânicos.

Fonte:www.ufjf.br/ppgace/files/2008/12/teatro-romano.ppt. Acesso em 1 de dezembro ás 00:22.

http://www.todamateria.com.br/arquitetura-romana. Acesso em 1 de dezembro.

http://historia-da-arte.info/idade-antiga/arte-romana.html . Acesso em 1 de dezembro

Livro Didático

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